TÁ NA DÚVIDA?

GUIA DE PROFISSÃO

ENSINO MÉDIO

Engenharia Química

12 de maio de 2016

Esse engenheiro trabalha com os processos industriais que empregam transformações físico-químicas. Ele cria técnicas de extração ou obtenção de matérias-primas, sua utilização e transformação em produtos químicos e petroquímicos, como tintas, plásticos, têxteis, papel e celulose. Desenvolve produtos e equipamentos, além de pesquisar tecnologias e processos mais eficientes e menos agressivos para o meio ambiente. Projeta e dirige a construção e a montagem de fábricas, usinas e estações de tratamento de rejeitos industriais. É possível ingressar na carreira com uma formação de tecnólogo.

 

 

Dúvida do Vestibulando

 

QUAL A DIFERENÇA ENTRE QUÍMICA E ENGENHARIA QUÍMICA?

Os dois profissionais têm diferentes campos de atuação. O bacharel em Química trabalha, fundamentalmente, em laboratórios, fazendo análises químicas, desenvolvendo materiais e propondo novos processos para obter produtos químicos. O engenheiro químico também se ocupa de processos químicos, mas em escala industrial – ou seja, ele trabalha na indústria, dimensionando equipamentos e definindo as etapas do processo de fabricação. Para realizar essas atividades tão distintas, o curso de Química tem um foco maior em disciplinas ligadas às ciências puras, enquanto a Engenharia trabalha mais com a aplicação dessa ciência no dia a dia de uma indústria.

 

Mercado de Trabalho

 

O leque de atuação do profissional é amplo e o coloca entre os mais bem remunerados dos engenheiros. Além do setor de petróleo, algumas frentes de trabalho tradicionais se mantêm estáveis, como a indústria de polímeros e de tintas e vernizes. Mas a grande novidade para o engenheiro químico é o segmento farmacêutico e de cosméticos, nos quais o profissional é chamado para pesquisar e desenvolver novos produtos. Na área ambiental, começam a surgir vagas no tratamento de resíduos, no reaproveitamento de matérias-primas e na geração de energia de fontes renováveis. A crise hídrica em vários estados do Sudeste aumentou a demanda pelo engenheiro químico, requisitado para promover o aumento da eficiência das indústrias e da gestão da água. Os polos industriais dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo concentram os principais empregadores. O crescimento da produção mineral, a instalação de uma refinaria em Pernambuco e do estaleiro Enseada do Paraguaçu, na Bahia, abrem boas perspectivas para a Região Nordeste. Ainda na Bahia, há demanda pelo graduado no Polo Industrial de Camaçari, que conta com mais de 90 empresas, incluindo químicas, petroquímicas, de celulose e de fertilizantes. Existem oportunidades também no Centro Industrial de Aratu (CIA), na região metropolitana de Salvador.

 

Curso

 

Física, matemática e, principalmente, química, estão presentes em todo o curso. Os recentes avanços da biotecnologia faz com que disciplinas relacionadas às Ciências Biológicas sejam aos poucos incorporadas ao currículo. A partir do terceiro ano, o conhecimento adquirido nessas disciplinas passa a ser aplicado a processos físico-químicos, nos quais o aluno aprende a identificar as reações, a analisar e a purificar compostos químicos e a projetar equipamentos relacionados com as diversas transformações que ocorrem na indústria química. As aulas em laboratório, inclusive nos de informática, ocupam parte significativa da carga horária. O estágio e o trabalho de conclusão de curso são obrigatórios.

Atenção: a Furg, em Santo Antônio da Patrulha (RS), oferece o curso de Engenharia Agroindustrial Agroquímica, que forma o profissional que vai atuar na indústria química ligada à agroindústria (fertilizantes, papel, celulose, resinas, biocombustíveis etc.). A FTC, em Salvador (BA), tem ênfase em petróleo e gás.

Duração média: 5 anos.

Outro nome: Eng. Agroind. Agroquímica.

 

PAPEL E CELULOSE

 

Esse tecnólogo gerencia todas as fases da produção na indústria de papel e celulose. e em fábricas de reciclagem. Faz estudos, ensaios e experimentos sobre as características da madeira. Também controla as etapas do tratamento químico para a transformação da matéria-prima e o acabamento do produto final. Tem conhecimentos de engenharia florestal e química e noções de automação industrial, para poder operar máquinas e equipamentos. Cuida do controle de resíduos e da gestão de custos e qualidade do processo. Pode trabalhar em oficinas de papel artesanal e em órgãos ambientais. O mercado principal está nas mais de 200 indústrias de papel e celulose, em 16 estados. Aquelas instaladas em regiões distantes dos grandes centros, no Centro-Oeste, no Norte e no Nordeste, oferecem maior chance de crescimento. O curso começa com as disciplinas básicas em matemática, química, física e estatística. A fase profissionalizante inclui conteúdos como biodegradação e preservação da madeira e propriedades do papel. Completam o currículo auditoria ambiental, tratamento da água e efluentes e gestão da qualidade. É exigido estágio. As instituições podem pedir um trabalho de conclusão de curso ou um projeto que integre os vários conteúdos aprendidos.

Duração média: 3 anos.

 

PROCESSOS QUÍMICOS

 

Este tecnólogo atua em indústrias químicas, como as de produtos agrícolas, alimentícias, farmacêuticas, de plásticos, cimento e vidro. Na linha de produção, junto com engenheiros químicos ou sanitaristas, opera equipamentos e fiscaliza processos industriais e agroindustriais. Na indústria de medicamentos, por exemplo, realiza estudos de toxicologia com a finalidade de fazer o registro de fármacos. Em laboratórios, controla reações químicas envolvidas na fabricação de produtos e faz análises de qualidade da matéria-prima. Controla também os descartes e resíduos industriais, de modo a não prejudicar o meio ambiente com poluentes. As disciplinas de formação específica incluem química orgânica, inorgânica e físico-química. O estudante costumar ter, desde o primeiro semestre, aulas práticas sobre processos industriais e organização de laboratórios. Algumas escolas exigem estágio e trabalho de conclusão.

Atenção: há cursos específicos de Processos Ambientais, que prepararam o egresso para atuar com coleta e análise de amostras, gestão de resíduos e emissão de pareceres ambientais. A Uezo (RJ) oferece Produção de Fármacos, voltado para a produção de medicamentos e insumos farmacêuticos.

Duração média: 2,5 anos.

Outros nomes: Processos Amb.; Prod. de Fármacos.

 

O que você pode fazer

 

Desenvolvimento

Criar e aprimorar produtos na indústria química, petroquímica e de alimentos e analisar sua viabilidade técnica e econômica. Aperfeiçoar o processo e a tecnologia de fabricação ou beneficiamento.

Meio ambiente

Definir normas e métodos de preservação ambiental em toda a cadeia produtiva. Reciclar e tratar resíduos industriais. Desenvolver tecnologias limpas.

Processo industrial

Planejar e supervisionar operações industriais, administrando as equipes e etapas da produção. Estudar e implantar métodos para aumentar a produtividade, reduzir custos e garantir a segurança no trabalho.

Projetos

Projetar fábricas, determinar processos de produção, instalações e equipamentos, procedimentos de segurança e a logística de estocagem e movimentação de materiais.

Colégio Bernardo Sayão é referência em qualidade de ensino!