É o setor da engenharia que cuida da exploração, do uso e da gestão dos recursos hídricos. Planejar e orientar a utilização das águas de bacias hidrográficas, prevenindo os impactos negativos que elas possam sofrer em consequência de atividades industriais, agrícolas e urbanas, é a principal função do engenheiro com essa formação. Ele cuida da captação, do transporte, do emprego e do tratamento da água para atender a população e reduzir ou evitar eventuais danos ambientais. O profissional calcula a demanda e a disponibilidade hídrica nas bacias e auxilia na implantação de políticas de uso e controle de qualidade da água, bem como da manutenção e recuperação de mananciais. também cabe a ele elaborar redes de água e esgoto, de irrigação e drenagem. No setor de energia, atua na operação de reservatórios e no planejamento dos recursos hídricos. Ao lado dos engenheiros sanitaristas e ambientais, trabalha com a recuperação e a manutenção desses recursos. Com engenheiros civis, projeta canais, portos e barragens.
Mercado de Trabalho
O mercado está favorável para esse engenheiro. A maior parte das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem relação direta com engenharia hídrica, pois são obras ligadas a saneamento, que envolvem drenagem. Situações como a baixa no volume de água nos reservatórios do Sistema da Cantareira, em São Paulo, e a crise hídrica em vários estados do Sudeste, reforçam a necessidade deste profissional na gestão dos recursos hídricos. Para completar o cenário, o país guarda mais de 12% do total de água potável superficial do planeta e tem a constante necessidade de preservar seus mananciais de água, como o Aquífero Guarani, um dos maiores depósitos subterrâneos de água do mundo. O profissional pode atuar no monitoramento, diagnóstico, manejo e gestão dos recursos hídricos, em condições naturais ou em estruturas artificiais. Pode trabalhar na área de desenvolvimento tecnológico de ferramentas para avaliação dos recursos hídricos e processos envolvidos com a água. Sua atuação vai desde o planejamento até a execução de projetos na área ambiental e na área de infraestrutura hídrica. Os setores elétrico, de saneamento básico, de portos e hidrovias e de irrigação também contratam o graduado. Há vagas em todo o país, a maioria delas nas regiões Sul, em companhias como a Itaipu Binacional, e Sudeste. No entanto, as políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento do Nordeste têm aberto postos de trabalho nos estados daquela região.
Curso
O início tem matemática, física, cálculo e química, além de matérias introdutórias, que fornecem um panorama geral do curso. A partir do segundo ano, começam as disciplinas específicas, nas quais o aluno conhece as principais formas de ocorrência e o uso das fontes hídricas e detalhes sobre geração de energia elétrica. Há, ainda, aulas de microbiologia, ecologia, hidrologia, economia de recursos naturais e irrigação e drenagem. Ética profissional e legislação ambiental fazem parte do currículo Aulas em laboratório e atividades de campo, como visitas técnicas a usinas hidrelétricas, são promovidas durante todo o curso. Estágio e trabalho de conclusão são obrigatórios.
Duração média: 5 anos.
O que você pode fazer
Estudos Ambientais
Elaborar projetos, programas e ações de proteção ambiental, que, por meio do estudo e monitoramento de parâmetros hidrológicos, sejam capazes de avaliar o impacto de obras de grande porte na natureza, como usinas hidrelétricas e estradas.
Gestão de bacias
Planejar a utilização da água de bacias hidrográficas, visando à otimização qualitativa e quantitativa do recurso água, administrando tecnicamente questões de uso conflitante de recursos hídricos.
Operação de reservatórios
Administrar o uso das águas de represas, aliando a geração de energia elétrica com atividades de irrigação, transporte e lazer.
Projetos
Projetar sistemas e redes de irrigação, drenagem, bombeamento, tratamento e distribuição de água. Definir obras e estruturas hidráulicas em geral, como canais e portos.