Mercado de Trabalho
Estudo divulgado pela revista Forbes em 2012 revela que a Engenharia Biomédica ocupa o topo do ranking entre os cursos de graduação com as carreiras mais promissoras nos Estados Unidos. Isso se deve ao emprego de tecnologias de ponta no diagnóstico e nas terapias. Assim como lá, o mercado também está em alta no Brasil. A carência de profissionais, bem como o aumento da expectativa de vida da população, mantêm aquecida a procura pelo graduado, diz Fernanda Marciano, coordenadora do curso de Engenharia Biomédica da Universidade do Vale do Paraíba (Univap). Segundo ela, o uso crescente de novas tecnologias no ambiente odonto-médico-hospitalar também amplia o leque de atuação do engenheiro biomédico. Em hospitais e centros de diagnóstico, este profissional auxilia na compra, na instalação e na manutenção dos equipamentos. Em indústrias, desenvolve novos equipamentos. Trabalha, também, em empresas de certificação de qualidade, universidades e institutos de pesquisa. São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco são os estados que mais têm aberto vagas, principalmente em cidades do interior. Mas a Região Sul também oferece boas oportunidades de trabalho. O Norte e o Nordeste são mercados abertos, ainda a serem explorados, pois sofrem déficit de profissionais.
Curso
A característica deste curso é a interdisciplinaridade, com disciplinas das áreas das Exatas e das Ciências Biológicas e da Saúde. O currículo mescla matemática, física, eletrônica, informática e tecnologia da computação com anatomia, fisiologia, biofísica, bioquímica, biomecânica e telemedicina. O aluno também estuda engenharia de software, circuitos elétricos, conversão de energia e termodinâmica. O estágio e um trabalho de conclusão do curso são obrigatórios.
Duração média: 5 anos.
SISTEMAS BIOMÉDICOS
O tecnólogo em Sistemas Biomédicos projeta, implanta e faz manutenção de equipamentos clínicos, médico-hospitalares e odontológicos. Assim como o engenheiro, este profissional também encontra espaço na indústria ou em laboratórios de análises clínicas, consultórios, hospitais, unidades de saúde ou em órgãos públicos, como as secretarias de Saúde. Ele cuida da instalação, calibração e aquisição de peças de reposição, manuseia os equipamentos e assessora a administração do local na aquisição de novas máquinas. Pode, também, se dedicar à vistoria e emissão de laudos técnicos. Na indústria, pode lidar com a venda, a instalação e a manutenção dos equipamentos vendidos. O curso, com grade curricular semelhante à do curso de Engenharia, também mescla disciplinas das Ciências Exatas com outras, de Biológicas e da Saúde. Matérias da área de administração fazem parte do currículo. Assim, além de sistemas mecânicos, eletrônica, eletricidade e física, o aluno estuda anatomia humana, gestão de segurança, administração hospitalar e ética. Algumas faculdades exigem estágio e trabalho de conclusão de curso.
Atenção: o curso da Unifesp, Informática em Saúde, capacita o aluno para atuar na área de tecnologias da informação e da comunicação aplicadas à saúde, o que envolve, entre outros conhecimentos, o desenvolvimento e a avaliação de sistemas de informação em saúde, a telemedicina e o processamento de sinais biológico e de imagens médicas.
Duração média: 3 anos.
Outro nome: Inform. em Saúde.
O que você pode fazer
Informática
Desenvolver bancos de dados e softwares para diagnóstico de doenças e realização de terapias.
Sistemas clínicos
Avaliar e especificar equipamentos que devem ser adquiridos pelos centros de saúde e odontológicos.
Equipamentos
Projetar, desenvolver, gerenciar e manter equipamentos odonto-médico-hospitalares, incluindo próteses e outros instrumentos de auxílio à locomoção.